quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

experiência e flexibilidade

Uma pessoa com experiência não é necessariamente a mais avançada. Falta-lhe um elemento de simplicidade, de modéstia, e a plasticidade que nasce do fato dela não estar ainda totalmente desenvolvida.

À medida que a pessoa cresce algo se cristaliza na cabeça; isto se torna cada vez mais estabelecido e a menos que você se esforce muitíssimo, acaba se tornando fossilizado.

Isto é o que normalmente acontece com  as pessoas, particularmente com aquelas que passaram a acreditar que alcançaram a meta. Sua meta pessoal, ao menos. Elas alcançaram, elas realizaram. Está acabado e ali permanecem, dizendo “É isto”. E não fazem mais nada.

Podem viver mais dez, vinte ou trinta anos, mas não se movem. Elas estão lá e lá permanecerão. Falta a essas pessoas toda a flexibilidade de natureza que é necessária para seguir adiante e progredir. Estão empacadas. Elas são ótimos objetos para serem postos num museu, mas não para trabalhar. São como exemplos para demonstrar o que pode ser realizado, mas não têm o necessário para realizar mais.

Para mim, pessoalmente, admito que prefiro para meu trabalho uma pessoa que conheça muito pouco, que não tenha se esforçado tanto, mas que possua uma grande aspiração, uma imensa boa-vontade e sinta em si mesma essa chama essa necessidade de progredir. Ela pode conhecer muito pouco, pode ter realizado menos ainda, mas se possui isto em seu interior, é um bom material com o qual se pode ir muito longe, muito mais longe.

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