segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

servir a humanidade e ambição

“Uma das formas mais comuns de ambição é a idéia de serviço à humanidade. Todo apego a tal serviço ou trabalho é um sinal de ambição pessoal.” (A Mãe,1929).

“Por que você diz que isto é ambição?”

Por que você quer servir à humanidade, qual é a sua idéia? É ambição, é para tornar-se um grande homem entre os homens. É difícil entender? Eu posso ver isto!

“O Divino está em toda parte. Assim, se alguém serve à humanidade, serve ao Divino, não é?”

Isto é maravilhoso! A coisa mais evidente em tudo isto é dizer: “O Divino está em mim. Se eu sirvo a mim mesmo, estou servindo também ao Divino!” De fato, o Divino está em toda parte. O Divino realizará o Seu próprio trabalho muito bem sem você.

O Divino está em toda parte. Sim. As coisas parecem ser divinas...Quanto a mim, vejo apenas uma solução: se você quer ajudar a humanidade, há apenas uma coisa a fazer, é tornar-se si mesmo, tão completamente quanto possível, e oferecer-se ao Divino. Está é a solução. Porque deste modo, pelo menos a realidade material que você representa será capaz de tornar-se um pouco mais semelhante ao Divino.

domingo, 30 de janeiro de 2011

a humildade pode ser um erro

É muito simples: quando se diz às pessoas “sejam humildes”, elas pensam imediatamente em “serem humildes diante das outras pessoas” e esta humildade é errônea.

A verdadeira humildade é a humildade diante do Divino, ou seja, um sentimento preciso, exato, vivente, de que não se é nada, de que não se pode fazer nada, compreender nada sem o Divino, que mesmo se você for excepcionalmente inteligente e capaz, isto não é nada comparado à Consciência divina.

E este sentimento deve ser sempre mantido, porque significa que você adquiriu a verdadeira atitude de receptividade – uma receptividade humilde que não coloca pretensões pessoais em oposição ao Divino.

sábado, 29 de janeiro de 2011

contemplação vazia

Eu nunca vi pessoas que deixaram tudo para se sentarem numa contemplação mais ou menos vazia (pois é assim que em geral ela é vista, como sendo mais ou menos vazia), nunca vi tais pessoas fazendo qualquer progresso ou seu progresso é muito pequeno.

Tenho visto pessoas que não tinham nenhuma pretensão de praticar Yoga, que estavam simplesmente cheias de entusiasmo com a idéia da transformação terrestre e da descida do Divino no mundo e que realizavam sua pequena parcela de trabalho com esse entusiasmo no coração, entregando-se totalmente, sem reservas, sem nenhuma idéia egoísta de uma salvação pessoal. Estas eu vi realizando um progresso magnífico, verdadeiramente magnífico. Essas pessoas podem ser maravilhosas.

E tenho visto yogues. Pois bem, eu não trocaria uma daquelas por uma dúzia deles...

Não é fugindo do mundo que você vai transformá-lo. É trabalhando nele, modestamente, humildemente,  com um fogo no coração, algo que arde como uma oferenda.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

o yoga é realizado através da oferenda

Yoga significa união com o Divino e a união é feita através da oferenda – é fundamentada sobre a dádiva de si mesmo ao Divino.

No princípio você começa fazendo esta oferenda de um modo geral, embora definitivo; você diz: “Sou o servo do Divino; ofereço minha vida completamente ao Divino; todos os meus esforços são para a realização da Vida Divina”. Mas isto é apenas o primeiro passo, porque não é suficiente. Quando a resolução tiver sido tomada, quando você tiver decidido que a sua vida inteira será consagrada ao Divino, terá ainda que se lembrar disso a cada momento e cumpri-la em todos os detalhes de sua existência.

Você deve sentir a cada passo que pertence ao Divino; deve ter a experiência constante de que, em tudo que pensar e fizer, é sempre a Divina Consciência que está agindo através de você. Você nada possui que possa chamar de seu; sente como se tudo viesse do Divino, e tem que oferecê-lo de volta à sua fonte. Quando você puder realizá-lo, então a mais pequenina coisa à qual normalmente não dispensa muita atenção ou cuidado deixará de ser trivial e insignificante, se tornará cheia de significado e desvendará um vasto horizonte além.

No Yoga integral, a vida inteira, até seus mínimos detalhes, tem que ser transformada, ser divinizada. Não há nada aqui que seja insignificante, nada que permaneça indiferente.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

a mais importante entrega

A mais importante entrega é a entrega do seu caráter, do seu modo de ser, a fim de que ele possa mudar. Se você não entrega sua própria natureza característica, não haverá jamais mudança. Isto é o mais importante.

Você tem certos modos de entender, certos modos de reagir, certos modos de sentir, quase que certos modo de progredir e, acima de tudo, um modo especial de encarar a vida e de esperar dela certas coisas – bem, é isto que você tem que entregar. Isto é, se você realmente quer receber a Luz divina e transformar-se, é todo o seu modo de ser que deve oferecer – oferecê-lo por meio da abertura, tornando-o tão receptivo quanto possível a fim de que a Consciência divina, que vê como você deveria ser, possa atuar diretamente e transformar todos estes movimentos em movimentos mais verdadeiros, mais em consonância com sua verdade real. Isto é infinitamente mais importante do que entregar o que você faz.

Você deve chegar a um ponto em que tudo é realizado porque você sente interiormente, de modo muito claro, de maneira cada vez mais imperativa, que é isto que deve ser feito e dessa forma em particular, e que você o faz somente em função disto, não por um hábito qualquer, apego ou preferência, nem obedecendo a qualquer concepção ou mesmo seguindo uma idéia de que é a melhor coisa a fazer – do contrário sua auto-entrega não é total.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

a verdadeira entrega nos engrandece

Por entrega queremos dizer uma auto-doação espontânea, uma doação de todo o seu ser ao Divino, a uma Consciência maior da qual você é uma parte.

A entrega não vai diminui-lo, mas acrescentará; não vai fortalecê-la e engrandecê-la. Entrega significa uma doação livre e total, com todo deleite da oferenda; não há o sentido de sacrifício nela. Se você tiver a mais leve sensação de que está fazendo um sacrifício, então não será mais entrega. Pois isto significa que você se reserva ou reserva aquilo que está tentando dar, com má vontade ou com dor e esforço, e não tem a alegria da doação, talvez nem mesmo o sentimento de que está se dando. Quando você fizer qualquer coisa com o sentido de uma repressão do ser, pode estar certo de que a está fazendo da maneira errada. A entrega verdadeira o engrandece, aumenta a sua capacidade, dá a você uma medida maior em qualidade e em quantidade que você não poderia ter possuído por si mesmo. Esta medida nova e maior de qualidade e quantidade difere de tudo o que você possa ter conseguido antes: você entra num ouro mundo, numa amplidão onde não poderia ter entrado se não se entregasse. É como uma gota d’água que cai no mar; se ela conservasse ali a sua identidade separada, permaneceria uma pequena gota d’água e nada mais, uma pequena gota esmagada por toda e imensidão à sua volta, porque não se entregou. Mas entregando-se, ela se dissolve no mar e participa da natureza, do poder e da vastidão do mar inteiro.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

a entrega e o yoga

Entrega é a decisão que você toma de colocar a responsabilidade de sua vida nas mãos do Divino.

Sem esta decisão nada em absoluto é possível; se você não se entrega, o Yoga está inteiramente fora de questão. Tudo o mais vem naturalmente depois disso, pois todo o processo começa com a entrega. Você pode ter uma forte intuição de que apenas o Divino é a verdade e uma luminosa convicção de que sem o Divino você não pode fazer nada. Ou você pode ter um sentimento espontâneo de que este caminho é o único meio de ser feliz, um poderoso desejo psíquico de pertencer exclusivamente ao Divino: “Eu não pertenço a mim mesmo”, você diz, e entrega a responsabilidade de seu ser à Verdade.

Em seguida vem a auto-oferenda: “Aqui estou, uma criatura de variadas qualidades, boas e más, obscuras e iluminadas. Eu me ofereço a Vós assim como sou: tomai-me com meus altos e baixos, impulsos e tendências conflitantes e fazei de mim o que quiserdes.”

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

disciplina, entrega e humildade

Os Dois Caminhos do Yoga

Existem dois caminhos de Yoga, o de tapasya (disciplina) e o de entrega. O caminho de tapasya é árduo. Nele você confia somente em si mesmo, avança por sua própria força. Você se eleva e realiza na exata medida de sua força. Há sempre o perigo de uma queda. E se cair, você se despedaça no abismo e dificilmente há remédio.

O outro caminho, o caminho da entrega, é seguro e infalível. É aqui, entretanto, que os ocidentais encontram dificuldades. Eles foram ensinados a temer e evitar tudo que ameace sua independência pessoal. Absorveram com o leite de suas mães o senso de individualidade. E entrega significa abandonar tudo isso. Se você adotar este caminho da entrega com toda a sinceridade, não há mais perigo ou dificuldade séria.

O essencial é ser sincero. Se você não for sincero, não comece o Yoga. Se estivesse lidando com assuntos humanos, então você poderia trapacear; mas em suas relações com o Divino não há possibilidade de esconder nada em lugar algum. Você pode avançar com segurança no Caminho se for cândido e aberto até o âmago de seu ser, se sua única finalidade for alcançar e realizar o Divino e ser guiado pelo Divino.

domingo, 23 de janeiro de 2011

um chamado para o caminho

Que pretende você do Yoga? Adquirir poder? Conseguir paz e calma? Servir à humanidade?

Nenhum destes motivos é suficiente para mostrar que você está destinado para o Caminho.

A pergunta que você deveria responder é esta: você quer o Yoga por amor ao Divino? É o Divino o acontecimento máximo de sua vida, a ponto de ser simplesmente impossível passar sem Ele? Você sente que sua verdadeira raison d’être é o Divino e que sem Ele não há sentido algum em sua existência? Neste caso, e só então, pode-se dizer que você tem um chamado para o Caminho.

Esta é a primeira coisa necessária – aspiração pelo Divino.

A coisa seguinte que você deve fazer é zelar por essa aspiração, conservá-la sempre atenta, desperta e viva. E o que se exige para isto é concentração – concentração no Divino, tendo em vista uma consagração integral e absoluta à Sua Vontade e Propósito.

Concentre-se no coração. Entre nele, penetre-o, aprofunde-se tanto quanto possível. Reúna todos os fios de sua consciência, que estão espalhados fora, à sua volta, enrole-os, mergulhe no seu coração e afunde.

Existem outros centros de concentração, um no alto da cabeça e outro entre as sobrancelhas. Cada um tem sua própria eficácia e lhe trará um resultado particular. Mas o ser central reside no coração e do coração procedem todos os movimentos centrais – todo dinamismo, todo anseio por transformação e todo poder de realização.

sábado, 22 de janeiro de 2011

a resolução de praticar yoga

Uma pessoa pode ter muito boa vontade, vocês entendem, uma vida orientada para a realização divina, uma consagração mais ou menos superficial a um trabalho divino e não praticar Yoga.

Praticar o yoga de Sri Aurobindo é querer transformar-se integralmente, é ter um único propósito na vida, de maneira que nada mais exista. É preciso sentir claramente em si mesmo se você quer isto ou não. Se não quiser, ainda assim é possível ter uma vida de boa-vontade, uma vida de serviço, de compreensão,  trabalhar mais facilmente pela Obra a ser realizada – tudo isto – pode fazer muitas coisas. Mas há uma grande diferença entre isto e praticar Yoga.

Para praticar Yoga vocês devem querer conscientemente, devem saber o que é, para começar. Vocês precisam saber do que se trata, devem tomar uma resolução em relação a isto e,  uma vez que tenham tomado a resolução, não devem mais hesitar e assumir com pleno conhecimento da coisa. Vocês devem saber o que estão decidindo quando dizem: “Quero praticar Yoga”; e é por esse motivo que eu creio nunca ter pressionado vocês deste ponto de vista..

Mas a partir do momento em que vocês façam uma escolha – quando a tenham feito com toda sinceridade e tenham sentido dentro de si mesmos como uma decisão radical – a coisa é diferente. Ali está a luz e o caminho a ser seguido, bem diante de vocês e vocês não devem se desviar dele. Ele não engana ninguém, vocês sabem; o Yoga não é uma brincadeira. Vocês devem saber o que estão fazendo quando escolherem. Mas, quando escolherem, devem se manter firmes nele. Vocês não têm mais o direito de vacilar. Devem seguir diretamente em frente. Assim!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

ensinamento de Sri Aurobindo e religião

“Muitas pessoas dizem que o ensinamento de Sri Aurobindo é uma nova religião. Você diria que é uma religião?”

As pessoas que dizem isto são tolas que não sabem nem mesmo do que estão falando. Você simplesmente tem que ler tudo o que Sri Aurobindo escreveu para saber que é impossível basear uma religião em suas obras, porque ele apresenta cada problema, cada questão em todos os seus aspectos, mostrando a verdade contida em cada maneira de ver as coisas; e ele explica que para se alcançar a Verdade você deve realizar uma síntese que vai além de todas as noções mentais e emergir numa transcendência além do pensamento... Eu repito que quando falamos de Sri Aurobindo não pode haver nenhuma questão de um ensinamento ou mesmo de uma revelação, mas de uma ação do Supremo; nenhuma religião pode ser fundada nisto.

Contudo, os homens são tão tolos que podem transformar qualquer coisa numa religião, tão grande é sua necessidade de uma estrutura estabelecida para o seu pensamento estreito e sua limitada ação. Eles não se sentem seguros a menos que possam afirmar que isto é verdadeiro e aquilo não é; porém, tal afirmação se torna impossível para quem quer que tenha lido e compreendido o que Sri Aurobindo escreveu. Religião e Yoga não pertencem ao mesmo plano de existência e a vida espiritual só pode existir em toda a sua pureza quando está livre de todo dogma mental.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

yoga e religião

“Doce Mãe, qual a diferença entre yoga e religião?”

Ah, meu filho...é como se você estivesse me perguntando a diferença entre um cão e um gato!

Imagine alguém que, de um modo ou de outro, ouviu falar de algo como o Divino ou que possui um sentimento pessoal de que algo semelhante existe e começa a realizar todo tipo de esforço: o esforço da vontade, da disciplina, da concentração, toda espécie de esforço para encontrar este Divino, para descobrir o que Ele é, para relacionar-se com Ele e unir-se a Ele. Então esta pessoa está praticando yoga.

Agora, se esta pessoa anotou todos os processos que usou e constrói um sistema fixo, estabelecendo tudo o que ela descobriu como leis absolutas – ela diz, por exemplo: o Divino é dessa forma, para encontrar o Divino você deve fazer isto, executar tal gesto em particular, tomar tal atitude, realizar tal cerimônia, e você deve admitir que esta seja a verdade, deve dizer: “Eu acredito que esta é a Verdade e me dedico totalmente a ela; e o seu método é o único verdadeiro, o único que existe” – se tudo isto é registrado, organizado, ordenado com leis e cerimônias fixas, isto se torna uma religião.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

a religião

A religião pertence à mente superior da humanidade. É o esforço da mente superior do homem para aproximar-se, até onde alcança seu poder, de algo que está além dele, algo ao qual a humanidade dá o nome de Deus, Espírito, Verdade, Fé, Conhecimento ou o Infinito, alguma espécie de Absoluto, que a mente humana não pode e, ainda assim, sempre tenta alcançar.

A religião pode ser divina em sua origem primeira; em sua natureza atual ela não é divina, mas humana. Na verdade deveríamos falar antes de religiões do que de religião; pois as religiões criadas pelo homem são muitas...


O primeiro e principal artigo dessas religiões estabelecidas e formais reza sempre: “A minha é a verdade suprema e única, todas as outras são falsas ou inferiores.” Pois sem este dogma fundamental, as religiões estabelecidas fundadas num credo não poderiam ter existido. Se você não acredita e não proclama que somente você possui a verdade única ou suprema, não será capaz de impressionar as pessoas e fazê-las fluirem como um rebanho para você.

Esta atitude é natural para a mente religiosa; porém, é exatamente isto que faz a religião impedir o caminho da vida espiritual. Os artigos e os dogmas de uma religião são coisas criadas pela mente e, se você se apega a eles e se encerra dentro de um código de vida fabricado, você não conhece e não pode conhecer a verdade do Espírito, que se encontra além de todos os códigos e dogmas, vasta, todo-abrangente e livre.

Você pode tentar descobrir que verdade ali se encontra, que aspiração se oculta nela, que inspiração divina sofreu uma transformação e uma deformação imposta pela mente humana e por uma organização humana; e com um suporte mental apropriado você pode fazer com que a religião, mesmo como ela é, lance alguma luz em seu caminho e forneça algum apoio para o seu esforço espiritual.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

humildade e moralidade

“Doce Mãe, a moralidade não nos ajuda a desenvolver a consciência?”

Isto depende da pessoa. Há pessoas que são auxiliadas por ela, há outras que não o são em absoluto.

A moralidade é algo inteiramente artificial e arbitrário e, na maior parte dos casos,  ela impede o verdadeiro esforço espiritual, substituindo-o pela satisfação pessoal de estar no caminho certo. Se você se acha um verdadeiro cavalheiro, que realiza o seu dever, cumpre todos os requisitos morais da vida, então, você fica tão satisfeito consigo mesmo que não se move mais nem faz qualquer progresso.

É muito difícil para um homem virtuoso entrar no caminho de Deus; isto tem sido dito com freqüência, mas é inteiramente verdadeiro, pois ele está muitíssimo satisfeito consigo mesmo, ele acha que realizou aquilo que devia ter realizado, ele já não tem a aspiração ou mesmo aquela humildade elementar que faz com que a pessoa queira progredir. Vejam vocês, alguém que é considerado aqui como um homem sátwico se acha geralmente muito confortavelmente estabelecido em sua própria virtude e jamais cogita em sair dela. Dessa forma, isto o coloca um milhão de léguas distante da realização divina.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

espiritualidade

A vida espiritual revela a essência única em tudo, mas revela também sua infinita diversidade; ela trabalha para a diversidade na unidade e para a perfeição nessa diversidade.

A moralidade erige um único padrão artificial contrário à variedade da vida e à liberdade do espírito. Criando algo mental, rígido e limitado, a moral exige que todos se conformem. Todos devem se esforçar para adquirir as mesmas qualidades e a mesma natureza ideal. A moralidade não é divina nem pertence ao Divino; pertence ao homem e é humana. O elemento  básico  é uma divisão fixa do que é bom e do que é mau; esta, porém, é uma noção arbitrária. Ela toma coisas que são relativas e tenta impô-las como absolutas; pois este bem e este mal diferem em diferentes climas e tempos, em épocas e países diferentes. A noção moral chega ao ponto de dizer que existem bons desejos e maus desejos e lhe pede que aceite os primeiros e rejeite os outros.

Aceite, portanto, tudo aquilo que o conduz ao Divino. Rejeite tudo o que o afasta dele, mas não diga que isto é bom ou que aquilo é mai ou tente impor seu ponto de vista aos outros; pois o que você denomina de mau pode ser exatamente o que é bom para aquela pessoa que não está tentando realizar a Vida Divina.

domingo, 16 de janeiro de 2011

moralidade, religião, yoga

Espiritualidade e Moralidade

Há um grande diferença entre espiritualidade e moralidade, duas coisas que são constantemente confundidas entre si.

A vida espiritual, a vida do Yoga, tem por objetivo crescer na consciência divina e como resultado purificar, intensificar, glorificar e aperfeiçoar o que existe em você. Ela o transforma num poder para manifestar o Divino; eleva o caráter de cada personalidade a seu pleno valor e a conduz a sua máxima expressão; pois isto é parte do plano Divino.

A moralidade age por meio de uma construção mental e, com umas poucas idéias sobre o que é bom e o que não é, estabelece um tipo ideal rumo ao qual todos devem se esforçar. Este ideal moral difere em seus elementos e em seu conjunto em função da época e em lugares diferentes. E, no entanto, ele se proclama como um tipo único, um absoluto categórico; ele não admite nenhum outro além dele; não admite nem mesmo uma variação dentro de si mesmo. Todos devem ser moldados de acordo com um único padrão ideal, todos devem ser formados uniforme e impecavelmente iguais. É por ter essa natureza rígida e irreal que a moralidade é em seu princípio e ação o contrário da vida espiritual.

sábado, 15 de janeiro de 2011

mude a si mesmo primeiro

Você não pode fazer nada pelos outros a menos que seja capaz de fazê-lo por si mesmo.

Você nunca poderá dar um bom conselho a ninguém a menos que seja capaz de dá-lo primeiro a si mesmo e segui-lo. E se você vir algo errado em algum lugar, a melhor maneira de corrigir esse erro é corrigi-lo primeiramente em si mesmo. Se vir um defeito em alguém, pode estar certo de que ele está em você, e comece a mudá-lo em você mesmo. E quando o houver mudado em você mesmo, será forte o bastante para mudá-lo nos outros. E isto é algo maravilhoso.

As pessoas não percebem que graça infinita é o fato de este universo ser organizado de tal modo que existe uma coleção de substâncias, da mais material à espiritual mais elevada, tudo isto reunido para formar o que é chamado de um pequeno indivíduo, mas à disposição de uma Vontade central. E isto pertence a você. É seu campo de trabalho, ninguém pode tirá-lo de você, é sua propriedade particular. E na proporção em que puder trabalhar nele, você será capaz de ter uma ação no mundo. Mas somente nessa proporção. Além disso, a pessoa deve realizar mais por si mesma, do que realiza pelos outros.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

conquiste suas pequenas vitórias

Se, através de um esforço da consciência e do conhecimento interior, você verdadeiramente puder vencer em si mesmo um desejo, isto é, dissolvê-lo e aboli-lo.

E, se, através da boa vontade interior, através da consciência, da luz, do conhecimento, conseguir isso, você será, primeiramente em si mesmo, pessoalmente, cem vezes mais feliz do que se tivesse satisfeito esse desejo  e então isso terá um efeito maravilhoso e uma repercussão no mundo sobre a qual você faz a mínima idéia.


Isto se espalhará, pois as vibrações que você criou continuarão a se espalhar. Essas coisas crescem sem parar como uma bola de neve. A vitória que você conquistou em seu caráter, por pequena que seja, é uma vitória  conquistada por todo mundo...

Se você quer realmente realizar alguma coisa boa, o melhor que pode fazer é conquistar suas pequenas vitórias com toda sinceridade, uma após a outra, e assim você fará pelo mundo o máximo que é capaz de fazer.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

abandonar o desejo

Buda disse que há uma alegria maior em dominar um desejo do que em satisfazê-lo. É uma experiência que todos podem ter e é verdadeiramente interessante, muito interessante...

Existe uma espécie de comunhão interior com o ser psíquico que ocorre quando a pessoa abandona de boa vontade um desejo e é por causa disso que ela sente uma alegria muito maior.

Além do mais, geralmente, quase sem exceção, quando a pessoa satisfaz um desejo, isto sempre deixa uma espécie de gosto amargo em algum lugar.

Não há um só desejo satisfeito que não produza essa espécie de amargor; é como acontece quando se comeu um doce muito açucarado: ele enche sua boca de amargor. É parecido com isto. Vocês devem tentar com sinceridade.

Naturalmente, não devem fingir que abandonam um desejo e o mantêm num canto, porque então a pessoa se torna muito infeliz. Você deve fazê-lo com sinceridade.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

necessidade verdadeira e desejo

É muito difícil encontrar a linha demarcatória entre uma necessidade verdadeira e um desejo...

E ali nos vemos realmente diante de um problema que exige de nós uma extraordinária sinceridade, pois é através do desejo que o vital começa a se relacionar com a vida – e, no entanto, existem necessidades.

Mas, como saber se as coisas são realmente necessárias e não apenas desejadas?...Para isto você deve se observar muito, muito atentamente, e se houver alguma coisa em você que produz algo semelhante a uma pequena e intensa vibração, então pode estar certo de que há ali um desejo. Por exemplo, você diz: “Esta comida me é necessária” – você acredita, você imagina, você pensa que necessita de tal ou tal coisa e encontra os meios necessários de obtê-la. Para saber se isto é uma necessidade ou um desejo, você deve examinar-se muito atentamente e perguntar-se: “O que acontecerá se eu não puder conseguir a coisa?” Então, se a resposta imediata for: “Oh, será muito ruim”. Você pode estar certo de que se trata de um desejo.

É o mesmo para tudo. Para cada problema você se recolhe, olha para si mesmo e se pergunta: “Vejamos, vou obter isto?” Se nesse momento algo em você se ergue com alegria, pode estar certo de que há um desejo. Por outro lado, se algo diz: “Oh, eu não vou conseguir isto”, e você se sente muito deprimido, então novamente é um desejo.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

os desejos de uma criança

“Doce Mãe, como podemos ajudar uma criança a deixar esse hábito de pedir?”


Há muitas maneiras. Mas, primeiramente você deve saber se não quer apenas fazer com que ela pare de expressar livremente o que ela pensa e sente.

Porque isto é o que acontece em geral. Você repreende, às vezes até mesmo pune uma criança e ela forma o hábito de esconder os seus desejos. Mas não se vê livre deles.

E vocês sabem, se é sempre dito a uma criança: “Não, você não terá isto”, então, simplesmente, esta concepção se estabelece nela: ”Ah, quando você é pequeno, as pessoas não lhe dão nada! Você deve esperar até crescer. Quando eu for grande, terei tudo o que quero.” É isto que acontece.

Mas isto não elimina os desejos. É difícil educar uma criança.

Há um outro modo que consiste em dar a uma criança tudo o que ela deseja; e, naturalmente, no minuto seguinte ela vai querer alguma outra coisa, porque esta é lei, a lei do desejo: nunca estar satisfeito. E assim, se ela for inteligente, pode-se dizer a ela: “Veja só, você insistiu tanto para ter isto e agora já não liga mais. Quer outra coisa.” E se ela for ainda mais inteligente, ela responderá: “Bem, a melhor maneira de me curar, é dar-me aquilo que peço.” Algumas pessoas nutrem essa idéia a vida inteira. Quando se diz a elas que devem sobrepujar seus desejos, elas dizem: “O meio mais fácil é satisfazê-los.”  Esse tipo de lógica parece impecável.

Mas na verdade não é o objeto de desejo que deve ser mudado, é o impulso de desejo, o movimento de desejo. E para isto um conhecimento considerável é necessário, e isto é difícil para uma criança muito pequena...
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

educação: preparando a consciência

Em geral,  a educação, a cultura, todo o refinamento dos sentidos e do ser são formas ideais de corrigir os instintos, os desejos e as paixões.

Não se cura nem eliminam os desejos, os instintos e as paixões. Mas se nos cultivamos, intelectualizamos e refinamos então eis o meio mais certo de corrigi-las. Dar ao progresso e ao crescimento o maior desenvolvimento possível, adquirir certo senso de harmonia e de precisão da percepção, esta é uma parte importante da cultura do ser, da educação do ser...

A educação é, certamente, um dos melhores meios de preparar a consciência para um desenvolvimento superior.

Existem pessoas com naturezas muito pouco desenvolvidas e muito simples, que podem ter uma grande aspiração e alcançar certo desenvolvimento espiritual, mas a base será sempre de qualidade inferior. E tão logo elas retornem à sua consciência comum, encontrarão obstáculos nela, porque o estofo é ralo, não há elementos suficientes em sua consciência vital e material para capacitá-las a suportar a descida de uma força superior.

domingo, 9 de janeiro de 2011

a razão se desenvolve com o uso

“Como a razão pode ser desenvolvida?”

Oh! Sendo usada. A razão é desenvolvida como os músculos, como a vontade. Todas essas coisas são desenvolvidas com o uso racional. Razão! Todos possuem a razão, mas não fazem uso dela. Algumas pessoas têm muito medo da razão porque ela contradiz seus impulsos. Assim, elas preferem não lhe dar ouvidos. Então, naturalmente, se a pessoa cultiva o hábito de não ouvir a razão, em vez de se desenvolver, ela perde cada vez mais a sua luz.

Para desenvolver a razão você deve querer fazê-lo com sinceridade.  Se, você diz: “Quero desenvolver minha razão”, mas não ouve o que a razão lhe diz,  então você nunca vai chegar a nada.  Se, cada vez que a razão lhe diz “Não faça isto” ou “Faça isto”, você faz o oposto, naturalmente, ela perderá completamente o hábito de dizer qualquer coisa.

sábado, 8 de janeiro de 2011

a razão deve ser o mestre

É uma boa coisa começar a aprender ainda na infância que para ter uma vida eficiente e obter do próprio corpo o máximo que ele é capaz de dar, a razão deve ser o mestre da casa. E isto não é uma questão de yoga ou de uma realização superior, é algo que deveria ser ensinado em toda a parte, em cada escola, em cada família, em cada lar: o homem foi criado como um ser mental, e para ser simplesmente um homem – não estamos falando de nenhuma outra coisa, mas apenas de ser um homem – a vida deve ser governada pela razão e não pelos impulsos vitais.

Isto deveria ser ensinado a todas as crianças desde sua primeira infância...

A primeira coisa que deveria ser ensinada a todo ser humano, tão logo ele seja apto a pensar, é que ele deve obedecer a razão, que é um super-instinto das espécies. A razão é o mestre da natureza da espécie humana. A pessoa deve obedecer a razão e recusar-se absolutamente a ser escrava dos instintos. E aqui eu não estou falando sobre yoga, sobre a vida espiritual, de modo algum; não tem nada a ver com isto.

Trata-se da sabedoria básica da vida humana, puramente humana: todo ser humano que obedeça qualquer outra coisa que não seja a razão é uma espécie de bruto, inferior ao animal. Isso é tudo. E isto deveria ser ensinado em toda parte; é a educação básica que deve ser dada às crianças.

O reino da razão só deve terminar com o advento da lei psíquica que manifesta a Vontade divina.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

controle seus impulsos

Desde que somos crianças, o trabalho dos educadores é ensinar-nos a controlar nossos impulsos e a obedecer apenas aqueles que estão em conformidade com as leis sob as quais vivemos ou com o ideal que queremos perseguir ou com os costumes do meio em que habitamos. O valor dessa construção que governará nossos impulsos depende em grande parte do meio-ambiente em que vivemos e do caráter dos pais ou das pessoas que nos educam. Mas, seja bom ou ruim, medíocre ou excelente, é sempre o resultado de um controle mental sobre os impulsos. Quando seus pais lhe dizem: “Você não deve fazer isto”, ou quando lhe dizem: “Você deve fazer isto”, este é o início da educação para o controle da mente sobre os impulsos.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

a necessidade da educação

Vocês acham que são mandados para a escola, que são obrigados a fazer exercícios, tudo isto apenas pelo prazer de fazê-los sofrer? Oh, não! É porque é indispensável que vocês tenham uma estrutura na qual possam aprender a formar-se a si mesmos. Se vocês fizessem seu trabalho de individualização, de formação completa, por si mesmos, totalmente isolados num canto, nada em absoluto seria exigido de vocês. Mas vocês não fazem isto, vocês não fariam isto, não há uma única criança que o fizesse, ela nem mesmo saberia como fazê-lo, por onde começar. Se não fosse ensinado a uma criança como viver, ela não poderia viver, ela não saberia como fazer o que quer que fosse, nada...Se cada um tivesse que passar através de toda experiência necessária para a formação de uma individualidade, a pessoa estaria morta muito tempo antes de começar a viver!

Está é a vantagem daqueles que tiveram a experiência acumulada ao longo do tempo e lhe dizem: “Bem, se você quer avançar rapidamente, conhecer em poucos anos o que foi aprendido ao longo de séculos, faça isto!” Leia, aprenda, estude e então, no campo material, você será ensinado a realizar isto desta maneira, aquilo daquela maneira, isto novamente deste modo (gestos). Uma vez que você saiba um pouco, pode encontrar o seu próprio método, se você tiver a capacidade para isto! Mas, primeiro, a pessoa deve manter-se sobre seus próprios pés e saber como caminhar. É muito difícil aprender isto inteiramente só. É assim para todos. A pessoa deve formar-se a si mesma. Para isto, ela precisa de educação.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

a arte de viver

Geralmente pouquíssimas coisas nos são ensinadas – não nos ensinam nem mesmo a dormir. As pessoas acham que devem apenas se deitar em suas camas e em seguida cair no sono. Mas isso não é verdade! A pessoa deve aprender a dormir assim como deve aprender a comer, a fazer qualquer coisa, enfim. Se não aprender direito, então fará do modo errado. Ou levará anos e anos para aprender sozinha como fazê-lo e durante esse tempo, todo tipo de coisas desagradáveis acontecem. Só depois de sofrer muito, de cometer muitos erros e de fazer muitas coisas estúpidas é que, gradualmente, com a idade já avançada e com os cabelos brancos, ela começa a saber como fazer algo. Porém, se, desde bem pequeno, seus pais ou aqueles que cuidavam de você, tivessem se dado ao trabalho de ensinar-lhe como fazer o que você deve fazer, como fazê-lo corretamente da forma como deveria ser realizado, da maneira correta, então isto o teria ajudado a evitar todos, todos os erros que cometeu ao longo dos anos.

E não se trata apenas de comete erros, mas ninguém sequer lhe diz que são erros! E assim você fica surpreso quando adoece, quando fica cansado, quando não sabe fazer aquilo que quer fazer, nunca lhe foi ensinado.
A algumas crianças não se ensina nada e assim elas precisam de anos e anos e anos para aprender as coisas mais simples, mesmo aquilo que é mais elementar: manterem-se limpa...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

o valor da educação

Sonhar Com Milagres

Quando a pessoa é jovem ela sonha com milagres, quer que toda perversidade desapareça, que tudo seja sempre luminoso, belo, feliz, ela gosta de histórias que tenham um final feliz. É nisto que ela deve confiar. Quando o corpo sente suas misérias, suas limitações, a pessoa deve se apegar a este sonho: uma força que não tenha nenhum limite, de uma beleza que não possua nenhuma fealdade e de maravilhosas capacidades: sonhar que é capaz de elevar-se no ar, de estar onde quer que seja necessário estar, de colocar as coisas em ordem quando estão erradas,  de curar os doentes; na verdade, ela tem todo tipo de sonhos quando é muito jovem... Normalmente, os pais ou os professores passam o seu tempo jogando água fria sobre eles, dizendo-lhe: “Oh, isto é um sonho, não é a realidade.” Eles deveriam fazer exatamente o oposto! Deveriam dizer às crianças: “Sim, isto é o que você deve tentar realizar, e isto não apenas é possível, mas certo, se você entrar em contato com a parte em você que é capaz de fazer tal coisa. Isto é o que deve guiar sua vida, organizá-la, fazê-lo desenvolver-se em direção à verdadeira realidade que o mundo comum chama de ilusão.”

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

um ponto de virada decisivo

No momento atual nos encontramos, mais uma vez, num ponto de virada decisivo na história da terra. De todos os lados me perguntam: “O que vai acontecer?” Em toda parte há angústia, expectativa, medo. “O que vai acontecer?”...Há apenas uma resposta: “Se o homem tão somente consentisse em ser espiritualizado”.

E talvez bastasse que alguns indivíduos se transformassem em ouro puro, pois isto seria o suficiente para mudar o curso dos acontecimentos...Estamos sendo confrontados com essa necessidade de maneira muito urgente.

Esta coragem, este heroísmo que o Divino quer de nós, por que não usá-lo para lutar contra nossas próprias dificuldades, nossas próprias imperfeições, nossas próprias obscuridades? Por que não enfrentar heroicamente a fornalha da purificação interior de modo que não seja necessário passar mais uma vez através de uma daquelas terríveis e gigantescas destruições que mergulham uma civilização inteira nas travas?

Este é o problema diante de nós. Cabe a cada um resolvê-lo à sua própria maneira.

domingo, 2 de janeiro de 2011

a mais sublime aventura

Há um momento em que a vida tal como é, assim como a consciência humana, nos parecem algo absolutamente impossível de suportar, criam uma espécie de desgosto, de repugnância. A pessoa diz: “Bem, quando se chega a isto, não pode ser isto, isto não pode continuar.” Bem, quando se chega a este ponto, a única alternativa é lançar-se por inteiro – todo nosso esforça, toda nossa vida, todo nosso ser – nesta possibilidade, se vocês quiserem, ou nesta excepcional oportunidade que nos é dada de atravessar para o outro lado. Que alívio é colocar os pés no novo caminho, aquele que o levará além! Vale a pena deixar para trás toda essa bagagem, abandonar muitas coisas a fim de dar este salto. É assim que vejo a problema.

Na verdade, esta é a mais sublime das aventuras, e se a pessoa tiver em si, por mínimo que seja, o verdadeiro espírito de aventura, vale a pena arriscar tudo.

sábado, 1 de janeiro de 2011

o chamado

A Grande Aventura

Nós nos achamos numa situação muito especial, extremamente especial, sem precedentes. Estamos testemunhando atualmente o nascimento de um mundo novo; ele é muito jovem, muito fraco – não em sua essência,  mas em sua manifestação externa – não é ainda reconhecido, nem mesmo sentido, e é negado pela maioria. Mas ele está aqui. Está aqui, esforçando-se por crescer, absolutamente seguro do resultado. Todavia, a estrada que leva até ele é um caminho completamente novo, o qual nunca foi traçado antes – ninguém chegou lá, ninguém fez isto! É um começo, um começo universal. Portanto, é uma aventura absolutamente inesperada e imprevisível.

Há pessoas que adoram a aventura. São a estas que eu chamo, e eis o que lhes digo: “Eu as convido para a grande aventura”.