terça-feira, 18 de janeiro de 2011

humildade e moralidade

“Doce Mãe, a moralidade não nos ajuda a desenvolver a consciência?”

Isto depende da pessoa. Há pessoas que são auxiliadas por ela, há outras que não o são em absoluto.

A moralidade é algo inteiramente artificial e arbitrário e, na maior parte dos casos,  ela impede o verdadeiro esforço espiritual, substituindo-o pela satisfação pessoal de estar no caminho certo. Se você se acha um verdadeiro cavalheiro, que realiza o seu dever, cumpre todos os requisitos morais da vida, então, você fica tão satisfeito consigo mesmo que não se move mais nem faz qualquer progresso.

É muito difícil para um homem virtuoso entrar no caminho de Deus; isto tem sido dito com freqüência, mas é inteiramente verdadeiro, pois ele está muitíssimo satisfeito consigo mesmo, ele acha que realizou aquilo que devia ter realizado, ele já não tem a aspiração ou mesmo aquela humildade elementar que faz com que a pessoa queira progredir. Vejam vocês, alguém que é considerado aqui como um homem sátwico se acha geralmente muito confortavelmente estabelecido em sua própria virtude e jamais cogita em sair dela. Dessa forma, isto o coloca um milhão de léguas distante da realização divina.

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