domingo, 31 de julho de 2011

formações mentais e o progresso

Eu não acredito de maneira alguma em limites que não podem ser ultrapassados.

Mas vejo claramente as formações mentais das pessoas e também uma espécie de indolência diante do esforço necessário. E essa preguiça, bem como esses limites, são como doenças. Porém, são doenças curáveis. Se você for uma pessoa normal, bem, contanto que realize o esforço e conheça o método, sua capacidade para crescer é quase ilimitada.

Existe a idéia de que cada um pertence a certo tipo, que o pinheiro, por exemplo, jamais se tornará um carvalho e a palmeira nunca se tornará trigo. Isto é óbvio. Mas isto é algo que está além: significa que a verdade de seu ser não é a verdade do seu vizinho. Mas, na verdade de seu ser, de acordo com sua própria formação, seu progresso é quase ilimitado. Ele só é limitado por sua própria convicção, que é limitada, e por sua ignorância do verdadeiro processo, do contrário...

Não há nada que não se possa realizar, se a pessoa souber como fazê-lo.

a consciência voltada para a luz

Nome científico: Helianthus
"Anseia pela vida e não consegue viver em sua ausência."

sábado, 30 de julho de 2011

livre-se de todos os laços

Se o seu objetivo é ser livre, na liberdade do Espírito, você deve livrar-se de todos os laços que não sejam a verdade interior de seu ser, mas que procedam de hábitos subconscientes. Se você quer se consagrar inteiramente, absoluta e exclusivamente ao Divino, deve fazê-lo de forma completa; não deve deixar partes suas atadas aqui e ali...

Quando você vem para Yoga, deve estar preparado para ter todas as suas construções mentais e todos os seus andaimes vitais despedaçados. Deve estar preparado para ser suspenso no ar sem nada para sustentá-lo exceto sua fé. Deverá esquecer completamente seu eu do passado e seus apegos, arrancá-los de sua consciência e nascer outra vez, livre de toda espécie de escravidão. Não pense no que você foi, mas no que aspira ser; seja integralmente aquilo que quer realizar. Vire as costas ao seu passado morto e olhe diretamente para o futuro. Sua religião, seu país, sua família está lá: é o DIVINO.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

vá além

O homem sempre carrega sobre os ombros uma interminável carga. Ele não quer abandonar nada do passado e curva-se cada vez mais sob o peso da uma inútil acumulação.

Você tem um guia durante uma parte do caminho, mas quando tiver percorrido essa parte, deixe esse caminho e o guia e vá além! Isto é algo que os homens acham difícil de fazer. Quando eles se apossam de algo que os ajuda, apegam-se a isto e não querem mais se mover. Aqueles que carregam-no sobre os ombros; os que progrediram com a ajuda do Budismo não querem deixá-lo e carregam-no sobre os ombros, e dessa maneira isto impede o avanço e você fica indefinidamente detido.

Uma vez que tenha passado o estágio, abandone-o, deixe-o para trás! Vá além.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

liberdade e entrega

Isto que é extraordinário: só quando estamos perfeitamente abandonados ao Divino, é que somos perfeitamente livres, e esta é a condição absoluta para a liberdade, pertencer tão somente ao Divino; você é livre de todo o mundo porque pertence unicamente a Ele. E esta rendição é a suprema libertação, você se torna livre também de seu pequeno ego pessoal que, de todas as coisas, é a mais difícil – e a mais feliz também, a única coisa que pode lhe dar uma paz constante, uma alegria ininterrupta e o sentimento de uma infinita liberdade de tudo aquilo que o aflige, que o tolhe, o diminui, o empobrece, e de tudo o que possa gerar a menor ansiedade em você, o menor medo. Você já não fica apreensivo por nada, não tem medo de nada, você se torna o mestre supremo de seu destino, porque é o Divino que quer em você e conduz todas as coisas. Mas isto não acontece da noite para o dia, é preciso um pouco de tempo e uma grande dose de ardor na vontade, temer realizar qualquer esforço e sem perder o ânimo quando não se é bem sucedido, sabendo que a vitória é certa e que se deve perseverar até que ela venha. Aí está.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

liberdade e serviço

Externamente, não se pode conceber como é possível estar ao mesmo tempo em liberdade e em servidão, mas existe uma atitude que reconcilia as duas e as torna uma das condições mais felizes da existência material.

A liberdade é uma espécie de necessidade instintiva, uma necessidade para o desenvolvimento integral do ser. Em sua essência ela é uma realização perfeita da consciência mais elevada, é a expressão da Unidade e da união com o Divino, é o próprio sentido da Origem e da realização. Todavia, por ter esta Unidade se manifestado na multiplicidade, algo deve servir de elo entre a Origem e a manifestação, e o elo mais perfeito que se pode conceber é o amor. E qual é o primeiro gesto do amor? Dar-se, servir. Qual é seu movimento espontâneo, imediato, inevitável? Servir. Servir é uma feliz, completa e total auto-doação.

Na verdade, é o amor que conduz à Unidade e é a Unidade que constitui a verdadeira expressão da liberdade. Portanto, aqueles que em nome de seu direito à liberdade reivindicam sua independência, voltam as costas completamente à verdadeira liberdade, pois eles negam o amor.

terça-feira, 26 de julho de 2011

agir somente sob o impulso divino

A solução é agir somente sob o impulso divino, falar apenas sob o impulso divino, comer apenas sob o impulso divino. Esta é a coisa difícil, porque, naturalmente, você imediatamente confunde o impulso divino com seus impulsos pessoais.

Suponho que esta era a idéia de todos os apóstolos da renúncia: eliminar tudo o que vem de fora ou de baixo, pois caso algo de cima se manifeste a pessoa estará em condições de recebê-lo. Mas, do ponto de vista coletivo, este processo poderia levar milhares de anos. Do ponto de vista individual, é possível; nesse caso, todavia, a pessoa deve manter intacta a aspiração de receber o verdadeiro impulso – não a aspiração pela “completa libertação”, mas a aspiração pela identificação ativa com o Supremo, isto é, querer apenas o que Ele quer, realizar apenas o que Ele quer: existir por Ele e n’Ele tão somente. Dessa maneira a pessoa pode tentar o método da renúncia, mas isto é para quem quer separar-se completamente dos outros. E neste caso, pode haver alguma integra-lidade? Isto me parece impossível.

Todas essas coisas são meios, estágio, degraus, mas...a verdadeira liberdade é estar livre de tudo – inclusive dos meios. – Quando você se reduz, se reduz, se reduz, você não tem medo de se perder – você se torna algo sólido e compacto. Porém, se você escolher o método de se ampliar – a maior ampliação possível – você não deve ter medo de se perder. É algo muito mais difícil.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

liberdade e ascetismo

Ser livre de todos os apegos não significa fugir de todas as ocasiões de se apegar. Todas essas pessoas que afirmam seu ascetismo, não apenas fogem disso, mas admoestam os outros a não tentar!

Isto me parece tão óbvio. Quando você precisa fugir de alguma coisa a fim de não experimentá-la, significa que não está acima dela, que está ainda no mesmo nível.

Tudo o que suprima, diminua ou deprecie não pode trazer liberdade. A liberdade deve ser experimentada na totalidade da vida e em todas as sensações.

Por medo de estarmos enganados em nossas ações, paramos de fazer completamente alguma coisa; por medo de errarmos por falar, paramos de falar; por medo de comer pelo prazer de comer, não comemos mais nada – isto não é liberdade, é simplesmente reduzir a manifestação ao mínimo; e a conclusão natural é Nirvana. Mas se o Senhor quisesse apenas o Nirvana, nada existiria senão o Nirvana! É óbvio que Ele concebe a coexistência de todos os opostos, e isto deve ser o princípio de uma totalidade. Assim, obviamente, se a pessoa se sente destinada a algo, ela pode escolher apenas uma de suas manifestações, ou seja, a ausência de manifestação. Mas isto ainda é uma limitação. E este não é o único meio de encontrá-Lo, longe disso!

domingo, 24 de julho de 2011

liberdade: não indulgência

Se alguém imaginar que pode atravessar para o outro lado sem passar por este estágio (de perfeição moral), ele se arriscaria a cometer um grande erro e considerar como perfeita liberdade uma perfeita fraqueza com relação à sua natureza inferior.

É quase impossível passar do ser mental – mesmo o mais perfeito e mais extraordinário – para a verdadeira vida espiritual sem haver realizado este ideal da perfeição moral por certo período, por mais breve que seja. Muitas pessoas tentam tomar um atalho e querem afirmar sua liberdade interior antes de ter superado todas as fraquezas da natureza externa; elas se colocam em grande perigo de se iludirem. A verdadeira vida espiritual, a completa liberdade, é algo muito superior às mais elevadas realizações morais, mas devemos tomar cuidado para que essa assim chamada liberdade não seja uma indulgência e um desprezo por todas as regras.

Devemos ir além, sempre mais alto, cada vez mais alto; nada menos do que o mais elevado que a humanidade já realizou.

Devemos ser capazes de ser espontaneamente tudo o que a humanidade concebeu como o que há de mais elevado, de mais belo, de mais perfeito, de mais desinteressado e compreensivo, o que há de melhor, antes de abrimos nossas asas espirituais e olharmos para tudo isto do alto como algo que ainda pertence ao eu individual, a fim de que possamos entrar na verdadeira espiritualidade, a qual não possui nenhum limite, que vive de maneira integral a Infinitude e a Eternidade.

perfeição psicológica

Nome científico: Plumeria rubra
"Não há apenas uma perfeição psicológica, mas cinco - as cinco pétalas da flor: sinceridade, fé, devoção, aspiração, entrega."

sábado, 23 de julho de 2011

o direito de ser livre

Muitas vezes em seus escritos, especialmente no Síntese do Yoga, Sri Aurobindo nos adverte contra aqueles que acreditam que podem praticar a sadhana sem um rigoroso autocontrole, e que dão atenção a todo tipo de inspirações, as quais os conduzem a um perigoso desequi-líbrio em que todos os seus desejos reprimidos, ocultos ou secretos aflo-ram na superfície sob a pretensão de liberação das convenções ordiná-rias e da razão comum.

A pessoas só podem ser livres elevando-se a grandes altitudes, muito acima das paixões humanas. Só quando se alcançou uma liberdade superior, inegoista, e se aboliu todos os desejos e impulsos, é que a pessoa tem o direito de ser livre.

Mas tampouco deveriam as pessoas que são muito racionais, muito moralistas de acordo com as leis sociais, considerarem-se sábias, pois sua sabedoria é uma ilusão e não contém nenhuma verdade profunda.

Aquele que quiser transgredir a lei deve estar acima da lei. Quem quiser ignorar as convenções deve estar acima de todas as regras. E o motivo dessa liberação jamais deveria ser pessoal, egoístico: o desejo de satisfazer uma ambição, engrandecer a própria personalidade através de um sentimento de superioridade, por desprezo aos demais, para colocar-se acima da massa e julgá-la com condescendência. Tome cuidado quando sentir-se superior e olhar os outros de cima, com ironia, como se a dizer: “Eu não sou mais feito desse estofo.” É nesse momento que você sai da trilha e está correndo perigo de cair no abismo.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

a pureza completa

“Doce Mãe, o que significa ser puro?”

Ser puro, o que significa? Só se é total e perfeitamente puro quando todo o ser, em todos os seus elementos e todos os seus movimentos, adere completa e exclusivamente à Vontade Divina. Isto de fato é a pureza completa. Ela não depende de qualquer lei moral ou social, de qualquer convenção mental, seja qual for. Ela depende exclusivamente disto: quando todos os elementos e todos os movimentos do ser aderem exclusiva e totalmente à Vontade divina.

Tão logo fale de pureza, surge diante de você um monumento moral que falsifica completamente sua noção. E é infinitamente mais fácil ser moral do ponto de vista social do que do ponto de vista espiritual. Para ser moral do ponto de vista social deve-se apenas ficar atento para não fazer nada que não seja aprovado pelos demais; isto pode ser algo difícil, mas mesmo assim não é impossível; e a pessoa pode ser, como disse, um monumento de insinceridade e impureza enquanto faz isto; ao passo que ser puro do ponto de vista espiritual significa uma vigilância, uma consciência e uma sinceridade que resistem a todos os testes.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

a necessidade de ser virtuoso

Basicamente, essa espécie de vontade de ser puro, de ser bom, nos homens – que se expressa na mentalidade comum como a necessidade de ser virtuoso – é o grande obstáculo à verdadeira auto-entrega. Esta é a origem da Falsidade e, mais ainda, a própria fonte da  hipocrisia – a recusa em aceitar sua própria parcela da carga de dificuldades...

Não tentem parecer virtuosos. Vejam o quanto vocês estão unidos, são um só com tudo o que é anti-divino. Assumam sua parte da carga, aceitem, vocês mesmos, serem impuros e falsos e dessa maneira serão capazes de tomar a Sombra e oferecê-la. E na medida em que forem capazes de tomá-la e oferecê-la, assim as coisas mudarão.

Não tentem estar entre os puros. Aceitem estar com aqueles que se encontram na escuridão e ofereçam-na com total amor.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

ria com o senhor

Todas essas coisas que parecem tão “más”, tão “repreensíveis”, tão “inaceitáveis” para a mente puritana, tornar-se-iam movimentos de deleite e liberdade numa vida totalmente divina. E por isso, nada deveria impedir-nos de conhecer, compreender, sentir e viver este maravilhoso riso do Supremo que desfruta um deleite infinito em contemplar-Se vivendo infinitamente.

Este deleite, este maravilhoso riso que dissolve toda sombra, toda dor, todo sofrimento! Você deve apenas mergulhar fundo o bastante em si mesmo para encontrar o Sol interior, para se deixar inundar por ele; e então, não há nada mais a não ser uma cascata de riso harmonioso, luminoso e ensolarado que não deixa nenhum espaço para qualquer sombra ou sofrimento.

E este Sol do riso divino encontra-se no centro de todas as coisas, é a verdade todas as coisas: devemos aprender a vê-Lo, a senti-Lo, a vivê-Lo.

O Senhor está sempre presente. Ele não leva nada a sério, tudo O deleita e Ele se diverte com você, se você souber como divertir-se. Vocês não sabem como se divertir, as pessoas não sabem como se divertir. Mas, como Ele sabe se divertir bem! Como Ele se deleita!

Portanto, estamos combinados, vamos tentar aprender a rir com o Senhor.

terça-feira, 19 de julho de 2011

a virtude

A virtude desde sempre tem passado seu tempo eliminando da vida o que quer que considere mau, e se todas as virtudes dos diversos países do mundo fossem reunidas, muito pouca coisa restaria na existência.

A virtude afirma buscar a perfeição, mas a perfeição é uma totalidade. Portanto, os dois movimentos se contradizem mutuamente. Uma virtude que elimina, reduz, estabelece limites, e uma perfeição que aceita tudo, não rejeita nada, mas coloca cada coisa em seu lugar, obviamente não podem se harmonizar.

Levar a vida a sério geralmente consiste de dois movimentos: o primeiro é dar importância a coisas que provavelmente não têm nenhuma, e o segundo é querer que a vida seja reduzida a certo número de qualidades que são consideradas puras e dignas da existência. Em certas pessoas... Essa virtude se torna seca, árida, sombria, agressiva e encontra falta em toda parte, em tudo o que é alegre, livre e feliz.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

a humanidade é incapaz de julgar

A conclusão é sempre a mesma: a única atitude verdadeira é constituída de humildade, de respeito silencioso diante daquilo que não se conhece e de aspiração interior para sair de nossa própria ignorância. Uma das coisas que mais faria a humanidade progredir seria que ela respeitasse aquilo que não conhece, que reconhecesse de boa vontade que não conhece e que, portanto, é incapaz de julgar. Nós fazemos constantemente o contrário. Fazemos julgamentos definitivos sobre as coisas das quais não temos nenhum conhecimento, e dizemos de modo peremptório: “Isto é possível. Isto não é possível.”, quando nem memso sabemos o que é aquilo de que estamos falando. E nos enchemos de presunção porque duvidamos das coisas de que jamais tivemos qualquer conhecimento.

Os homens acreditam que a dúvida é um sinal de superioridade, quando na verdade é um sinal de inferioridade.

O ceticismo e a dúvida são dois dos maiores obstáculos ao progresso; eles acrescentam soberba à ignorância.

domingo, 17 de julho de 2011

julgando os outros

A menos que você tenha constantemente a visão do Divino em todas as coisas, você não apenas não tem nenhum direito, mas também nenhuma capacidade para julgar a condição em que os outros se encontram. E pronunciar um julgamento de alguém sem possuir espontaneamente, de forma natural, esta visão, é precisamente um exemplo da presunção mental da qual Sri Aurobindo sempre falou...E o que acontece é que aquele que possui a visão, a consciência, que é capaz de ver a verdade em todas as coisas, nunca sente necessidade de julgar o que quer que seja. Pois ele compreende tudo e conhece tudo. Portanto, de maneira definitiva, vocês devem dizer a si mesmos que a partir do momento em que comecem a julgar as coisas, as pessoas e as circunstâncias, vocês estão imersos na mais completa ignorância humana.

Em suma, poderia colocar dessa maneira: quando a pessoa compreende, ela deixa de julgar, e quando a pessoa julga, isto significa que ela não conhece.

saúde

Nome científico: Thespesia populnea
"Não preocupar-se com ela,  mas deixá-la nas mãos do Divino."

sábado, 16 de julho de 2011

intrometendo-se com os negócios alheios

“Qual é a melhor atitude? Uma atitude de intervenção ou uma atitude de não-intervenção? Qual é a melhor?”
Ah, é justamente isto, para intervir você deve ter certeza de que está certo; você deve ter certeza de que sua visão das coisas é superior, preferível ou mais verdadeira do que a visão da outra pessoa ou pessoas em geral. Por isso, é sempre mais sábio não intervir – as pessoas intervêm sem nenhuma razão aparente, simplesmente porque têm o hábito de dar sua opinião aos outros.
 

Mesmo quando você possui a visão da coisa verdadeira, muito raramente será sábio intervir. Só se torna indispensável quando alguém quer fazer alguma coisa que certamente levará à catástrofe. Mesmo neste caso, a intervenção nem sempre é muito efetiva.
 

Eu acredito que as opiniões são sempre perigosas e na maior parte das vezes absolutamente inúteis.
 

Você próprio deve estar acima de todas essas coisas (paixões, desejos e reações cegas) para ter o direito de intervir na vida de outra pessoa – mesmo quando ela lhe peça para fazê-lo. E quando ela não pede, trata-se simplesmente de intrometer-se em algo que não é assunto seu.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

ampliando seu pensamento

Você está com alguém e essa pessoa lhe diz algo, você lhe diz o contrário (como geralmente acontece, simplesmente por um espírito de contradição) e começa a argumentar. Naturalmente, vocês nunca chegarão a nenhum acordo, exceto uma disputa, se forem de má índole. Mas, ao invés de fazer isto, em lugar de permanecer em suas próprias idéias ou palavras, se você disser a si mesmo: “Espere um momento, deixe-me tentar descobrir por que ele me disse isto. Sim, por que me disse isto?” E você se concentra: “Por quê, por quê?" – Você fica ali, dessa forma, tentando. A outra pessoa continua falando – não é? - e muito feliz também, pois você não a contradiz mais! Ela fala profusamente e está certa de que o convenceu. Então, você se concentra cada vez mais naquilo que ela está dizendo, com o sentimento de que gradualmente, através de suas palavras, você está entrando em sua mente. Quando entrar em sua cabeça, subitamente você entra em seu modo de pensar, e em seguida, imagine, você compreende por que ela está lhe dizendo aquilo! E então, se você tiver uma inteligência razoavelmente perspicaz e colocar o que acabou de compreender lado a lado com o que conhecia antes, terá os dois modos ao mesmo tempo, e assim pode encontrar a verdade que os reconcilia. E aqui você realmente fez um progresso. E esse é o melhor meio de ampliar nosso pensamento.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

tagarelar degrada você

Há uma condição em que uma simples conversa que o obrigue a permanecer no nível da vida comum causa-lhe dor de cabeça, revira seu estômago e, se continuar, pode provocar-lhe uma febre. Estou falando naturalmente sobe conversas do tipo mexerico. Creio que, tirando certas exceções, todos cedem a esse exercício e falam coisas sobre as quais deveriam manter silêncio ou tagarelam sobre outras coisas. Isto se torna tão natural que você não se sente incomodado. Mas, se continuar a fazê-lo, impede completamente sua consciência de se elevar; você se amarra com correntes de ferro à consciência comum e o trabalho no subconsciente não é realizado ou nem mesmo começa. Aqueles que querem se elevar já têm dificuldades o suficiente sem buscar encorajamento de fora.

Naturalmente, o esforço para manter a consciência num nível elevado é cansativo a princípio, como os exercícios que você faz para desenvolver seus músculos. Mas você não abandona ginástica por causa disso! Da mesma forma, você deve fazer mentalmente a mesma coisa. Não deve deixar que a mente se rebaixe: a fofoca o degrada e, se quiser praticar yoga, deve abster-se disso completamente.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

diga apenas palavras indispensáveis

Eu sugiro que cada um de vocês deve tentar – oh! Não por muito tempo, apenas uma hora por dia – dizer tão somente as palavras que forem absolutamente indispensáveis. Nenhuma a mais, nenhuma a menos.

Tome uma hora de sua vida, a que for mais conveniente para você, e durante esse tempo observem-se atentamente e digam apenas as palavras absolutamente indispensáveis.

No princípio, a primeira dificuldade será saber o que é absolutamente indispensável e o que não é. Isto por si mesmo é um estudo e a cada dia vocês farão melhor.

Em seguida, verão que enquanto não dizem nada, não é difícil permanecer em absoluto silêncio, mas tão logo comecem a falar, sempre ou quase sempre, vocês dizem duas ou três ou dez ou vinte palavras supérfluas que não era de modo algum necessário dizer.

terça-feira, 12 de julho de 2011

seu mantra

Quando você estiver jogando e de repente perceber que algo está errado, que está cometendo enganos, está desatento, que às vezes, correntes contrárias interferem no que está fazendo, se desenvolver o hábito de chamar, nesse momento, de forma automática, como um mantra, de repetir uma palavra, isto possui um efeito extraordinário. Você escolhe o seu mantra; ou melhor, um dia ele vem a você espontaneamente num momento de dificuldade. Em alguma ocasião em que as coisas estão muito difíceis, em que estiver numa espécie de angústia, de ansiedade, em que não sabe o que vai acontecer, subitamente isto emerge em você, a palavra surge em você. Isto pode ser diferente para cada um. Mas, se você fixá-lo e a cada vez que enfrentar uma dificuldade repetir este mantra, ele se tornará irresistível.

O melhor é quando a palavra lhe vem espontaneamente: você chama num momento de grande dificuldade (mental, vital, física, emocional, o que for) e de repente ela emerge em você, duas ou três palavras, como palavras mágicas. Você deve se lembrar delas e formar o hábito de repeti-las nos momentos em que as dificuldades surgirem.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

a vida espiritual: oriente e ocidente


Qualquer que seja a diferença entre o Ocidente e o Oriente em relação à vida espiritual, ela reside não no ser ou na natureza interna, que é uma coisa invariável e constante, mas nos hábitos mentais, nas formas de expressão e apresentação externas, as quais são resultados da educação, do meio ambiente e de outras condições exteriores. Todas as pessoas, sejam ocidentais ou orientais, são semelhantes em seus sentimentos mais profundos; elas se diferenciam em seu modo de pensar. A sinceridade, por exemplo, é uma qualidade que é a mesma em toda parte. Aqueles que são sinceros, qualquer que seja o país a que pertençam, são todos sinceros da mesma maneira. Somente as formas dadas a essa sinceridade é que variam. A mente trabalha de maneiras diferentes em diferentes pessoas, mas o coração é o mesmo em toda parte; o coração é uma realidade muito mais verdadeira, e as diferenças pertencem às parte superficiais. Tão logo você se aprofunde o suficiente, encontra algo que é o mesmo em todos. Todos se encontram no Divino.

domingo, 10 de julho de 2011

exercícios religiosos

“Doce Mãe, os exercícios religiosos são muito importantes para aqueles que possuem uma consciência comum?”

Exercícios religiosos? Não sei! O que você quer dizer com exercícios religiosos?

“Japa etc.”

Ah, essas coisas! Se isto o ajuda, tudo bem. Se não o ajuda, é apenas... Esta é uma daquelas coisas relativas. É totalmente relativo. Seu valor reside apenas no efeito que isto tem em você e no quanto você acredita nisto. Se isto o ajudar a se concentrar, é bom. A consciência comum sempre usa isto através da superstição, com a idéia de que “se eu fizer isto, se for ao templo ou à igreja uma vez por semana, se oferecer orações, algo muito bom vai me acontecer.” Isto é superstição, acha-se espalhada por todo o mundo, mas não possui nenhum valor do ponto de vista espiritual.

serviço

Nome científico: Peltophorum pterocarpum
"Estar a serviço do Divino é a melhor forma de obter realização."


sábado, 9 de julho de 2011

cerimônia religiosa

No mundo invisível é difícil encontrar seres que queiram ser adorados, exceto os do mundo vital. Estes, como já disse, ficam muito satisfeitos com isto. Pois isto lhes dá importância. Eles ficam inchados de orgulho e sentem-se muito felizes; e quando conseguem um rebanho de pessoas para adorá-los, ficam inteiramente satisfeitos.

Porém, se você considerar os seres realmente divinos, eles não dão nenhum valor a isto. Eles não gostam de ser adorados. Não, isto não lhes dá absolutamente nenhum prazer! Não pensem que eles ficam felizes, pois não possuem nenhum orgulho. É por causa do orgulho que o homem gosta de ser adorado; se um homem não possui nenhum orgulho ele não gosta de ser adorado; e se, por exemplo, eles (os seres divinos) vêem uma boa intenção, um sentimento nobre ou um movimento de desprendimento ou de entusiasmo, uma alegria, uma alegria espiritual, tais coisa têm para eles um valor infinitamente maior do que orações e atos de adoração e pujas (culto, rito religioso).

Asseguro-lhes que o que estou dizendo é muito sério: se você en-troniza um deus real e o obriga a permanecer ali enquanto realiza o pu-ja, talvez ele ache divertido vê-lo fazendo isto, mas isto certamente não dá a ele nenhuma satisfação. Absolutamente nenhuma. Ele se sente inchado de orgulho nem feliz nem glorificado por seu puja. Vocês devem eliminar essa idéia.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

o processo da morte no homem

Uma vez que o homem tenha abandonado o corpo, seja ele consciente ou inconsciente, desenvolvido ou não, ele vai sempre para o mesmo domínio do início – a menos que se trate de um yogue que consegue fazer o que quiser consigo mesmo, mas isto - como sabem - é um caso tão raro que não podemos considerá-lo. Todos os homens, ao abandonarem o corpo, são lançados num domínio do vital inferior que não tem nada de particularmente agradável...

A coisa mais importante neste caso é o último estado de consciência no qual ele se encontrava quando ambos estavam unidos, quando o ser vital e o corpo ainda estavam unidos. Assim, o último estado de consciência, pode-se dizer o último desejo ou a última esperança ou a derradeira aspiração, possui uma importância colossal para o primeiro impacto que o ser experimenta com o mundo invisível. E aqui a responsabilidade das pessoas em volta do moribundo é maior do que elas imaginam. Se elas puderem ajudá-lo a entrar em sua consciência mais elevada, estarão fazendo a ele o maior serviço de que são capazes. Mas, geralmente, o que fazem é apegar-se a ele tanto quanto possam e puxá-lo para si com impetuoso egoísmo; o resultado, como podem ver, é que ao invés de ser capaz de recolher-se numa consciência um pouco mais elevada que o protegerá em sua saída, ele é agarrado pelas coisas materiais e trava uma terrível batalha interior para livrar-se tanto de seu corpo como de seus apegos.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

detendo a doença

“Doce Mãe, quando vemos uma doença surgindo, como podemos interrompê-la?”

Ah! Antes de mais nada, você não deve querer a doença, e nada no corpo deve querê-la. Você deve ter uma vontade muito poderosa de não ficar doente. Esta é a primeira condição.

A segunda condição é chamar a luz, uma luz de equilíbrio, uma luz de paz, quietude e harmonia, e introduzi-la em todas as células do corpo, proibindo-as de ter medo, porque esta é também outra condição.

Primeiro, não querer ficar doente, e então não ter medo da doença. Você não deve atraí-la nem temê-la. Você não deve querer a doença da maneira alguma. Mas não deve fazer isto por causa do medo; você não deve ter medo; deve possuir uma calma certeza e uma completa confiança no poder da Graça para protegê-lo de tudo, e então pensar em outra coisa, não ficar mais preocupado com isto de modo algum. Quando tiver feito essas duas coisas, recusando a doença com toda a sua vontade e infundindo uma confiança que elimine completamente o medo das células do corpo, ocupando-se em seguida com outra coisa qualquer, não pensando mais na doença, esquecendo-se de que ela existe... Aí está, se souber como fazer isto, você pode até mesmo estar em contato com pessoas que tenham doenças contagiosas e, no entanto, não contraí-las. Mas você deve saber como fazer isto.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

antes de dormir

Uma coisa que você pode fazer com toda segurança antes de dormir é concentrar-se, relaxar toda tensão no ser físico, tentar...isto é, tentar no corpo, de modo que ele se estenda como um delicado tecido sobre a cama, sem nenhuma torção ou rigidez; relaxá-lo completamente como se fosse um pedaço de pano qualquer. Depois o vital: acalmá-lo, tranqüilizá-lo tanto quanto puder, torná-lo tão quieto, tão sereno quanto possível. E assim também a mente – tente manter a mente dessa forma, sem nenhuma atividade. Você deve colocar sobre o cérebro uma força de grande paz, de grande quietude, de silêncio, se possível, e não seguir os pensamentos ativamente, não fazer qualquer esforço, nada; você deve relaxar nela todo movimento também, mas relaxar numa espécie de silêncio e quietude tão grandes quanto possível.

Uma vez que tenha feito tudo isto, você pode acrescentar uma prece ou aspiração que esteja de acordo com sua natureza para pedir por consciência e paz, e para ser protegido contra todas as forças adversas ao longo do sono, para estar numa concentração de serena aspiração e sob a proteção; peça à Graça para velar sobre seu sono; e então durma. Isto significa dormir nas melhores condições possíveis. O que acontece mais tarde depende de seus impulsos interiores, mas se fizer isto de maneira persistente, noite após noite, noite após noite, após algum tempo terá seu efeito.

terça-feira, 5 de julho de 2011

o amor divino está presente

O Amor Divino está sempre presente em toda a sua intensidade, é um poder extraordinário. Mas, a maioria das pessoas – noventa e nove por cento – não sente absolutamente nada! O que elas sentem dele é exclusivamente proporcional ao que elas são, à sua capacidade de receber. Imagine, por exemplo, que você está se banhando numa atmosfera inteiramente vibrante do Amor divino – e não está nem um pouco consciente disto. Às vezes, muito raramente, por alguns segundos, surge de repente o sentimento de “algo”. Então você diz: “Oh, o Amor divino se manifestou em mim!” Que brincadeira! É que você apenas se abriu um pouquinho que seja, por uma ou por outra razão, e então o sentiu. Mas ele está presente, sempre, como a Consciência Divina. É a mesma coisa, ele está aí, tempo todo, em toda a sua intensidade; mas as pessoas não estão nem mesmo conscientes disto; ou então, de maneira espasmódica, subitamente a pessoa se acha numa boa condição, então sente algo e diz: “Oh, a Consciência divina, o Amor divino se voltaram para mim, vieram a mim!” Não é assim absolutamente. A pessoa tem apenas uma pequenina abertura, minúscula, como a cabeça de um alfinete, e naturalmente esta força entra imediatamente. Pois ela é como uma atmosfera ativa; tão logo haja uma possibilidade de ser recebida, ela é recebida. Mas isto é da mesma maneira para todas as coisas divinas. Elas estão presentes, só que a pessoa não as recebe, pois está fechada, bloqueada, está ocupada com outras coisas a maior parte do tempo. A maior parte do tempo ela está cheia de si mesma. Portanto, estando preenchida por si mesma, não há lugar para mais nada. Ela está ocupada de modo muito ativo com outras coisas. Ela está preenchida por outras coisas, não há nenhum lugar para o Divino.

Mas Ele está presente.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

saber o que é o amor

Se quisermos saber o que é o amor, devemos amar o Divino. Então, há uma chance de saber o que é o amor. Eu disse que a pessoa se torna semelhante àquilo que ama. Portanto, se ela ama o Divino, gradualmente, através desse esforço de amor, ela se torna cada vez mais semelhante ao Divino, e em tão ela pode identificar-se com o amor divino e saber o que ele é, de outro modo ela não pode.

Inevitavelmente, o amor entre dois seres humanos, qualquer que seja, é sempre feito de ignorância, de falta de compreensão, de fraqueza e desse terrível sentimento de separação. É como se a pessoa quisesse penetrar na presença de um Esplendor único e a primeira coisa que fizesse fosse colocar um, dois três véus entre si mesma e esse Esplendor, e ficasse surpresa por ter apenas uma vaga impressão dele e não a coisa em si. A primeira coisa e fazer é remover os véus, lançá-los fora, ir além e encontrar-se na presença desse Esplendor. Então você saberá o que é esse Esplendor. Mas, se você coloca um véu após outro entre você e ele, jamais o verá. Você pode ter uma espécie de sentimento vago como “Oh! Existe algo”, mas isto é tudo.

domingo, 3 de julho de 2011

o yoga e o amor

não apenas para aqueles que querem praticar yoga, mas também na vida comum: se a pessoa quiser saber como amar, ela não deve amar a si mesmo primeira e acima de tudo egoisticamente; ela deve se dar ao objeto de amor sem exigir nada em troca. Esta disciplina é elementar para que ela possa superar a si mesma e levar uma vida que não seja inteiramente ignorante.

Quanto ao yoga, podemos acrescentar algo mais: a vontade de romper essa forma de amor humano limitado e descobrir o princípio do Amor divino que se encontra por trás dela. Talvez seja um pouco mais difícil, mas é o melhor de todas as maneiras, pois assim, ao invés de fazermos egoisticamente os outros sofrerem, podemos deixá-los tranqüilos em seu próprio movimento e apenas realizarmos um esforço para nos transformarmos sem impor nossa vontade aos outros, o que mesmo na vida comum é um passo rumo a algo mais elevado e um pouco mais harmonioso.

trabalho

Nome científico: Acacia auriculiformis
"Ofereçamos nosso trabalho ao Divino - tal é a maneira certa para o progresso."


sábado, 2 de julho de 2011

o amor entre seres humanos

O amor entre seres humanos, em todas as suas formas, o amor dos pais pelos filhos, dos filhos pelos pais, dos irmãos e irmãs, dos amigos e amantes, está completamente impregnado pela ignorância, pelo egoísmo e por todos os outros defeitos que constituem os obstáculos comuns ao homem; assim, ao invés de deixar de amar completamente – o que, além do mais, é muito difícil, como diz Sri Aurobindo, o que simplesmente secaria o coração e não serviria para nada – a pessoa deve aprender como amar melhor; amar com devoção, com auto-doação, abnegação; e lutar, não contra o próprio amor, mas contra suas formas distorcidas; contra suas formas de monopolização, de apego, de possessividade, de ciúme, e todos os movimentos que acompanham esses movimentos principais. Não querer possuir, dominar; e não querer impor a própria vontade, os próprios caprichos e desejos; não querer tomar, receber, mas dar; não insistir na retribuição do outro, mas estar contente com o próprio amor; não buscar o próprio interesse e alegria pessoais e a satisfação de seu desejo pessoal, mas estar satisfeito em dar seu próprio amor e afeição; e não exigir nenhuma resposta. Simplesmente estar feliz em amar, nada mais.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

saber como amar


“Diz-se que para nos tornarmos conscientes do Amor divino devemos abandonar todos os outros tipos de amor. Qual é o melhor meio de rejeitar o outro amor, que se adore a nós de maneira tão obstinada e não nos deixa facilmente?”
 

Passar por ele. Ah! – Experimentá-lo, ver o que está por trás dele, não se deter na aparência, não estar satisfeito com a forma externa, procurar pelo princípio que se acha por trás desse amor, e não se contentar até encontrar a origem do sentimento em si mesmo. Então, a forma externa vai desmoronar por si mesma e você estará em contato com o Amor divino, que está por trás de todas as coisas.
 

Esta é a melhor maneira. – Querer se livrar de um a fim de encontrar o outro é muito difícil. É quase impossível. Pois a natureza humana é tão limitada, tão cheia de contradições e tão exclusiva em seus movimentos, que se a pessoa quiser rejeitar o amor em sua forma inferior, ou seja, o amor humano do modo como os seres humanos o experimentam, se ela faz um esforço interior para rejeitá-lo, geralmente ela rejeita toda a capacidade de sentir amor e se torna como uma pedra. E então, às vezes ela tem que esperar por anos ou séculos antes que haja o ressurgimento em si mesma da capacidade de receber e manifestar o amor.