segunda-feira, 25 de julho de 2011

liberdade e ascetismo

Ser livre de todos os apegos não significa fugir de todas as ocasiões de se apegar. Todas essas pessoas que afirmam seu ascetismo, não apenas fogem disso, mas admoestam os outros a não tentar!

Isto me parece tão óbvio. Quando você precisa fugir de alguma coisa a fim de não experimentá-la, significa que não está acima dela, que está ainda no mesmo nível.

Tudo o que suprima, diminua ou deprecie não pode trazer liberdade. A liberdade deve ser experimentada na totalidade da vida e em todas as sensações.

Por medo de estarmos enganados em nossas ações, paramos de fazer completamente alguma coisa; por medo de errarmos por falar, paramos de falar; por medo de comer pelo prazer de comer, não comemos mais nada – isto não é liberdade, é simplesmente reduzir a manifestação ao mínimo; e a conclusão natural é Nirvana. Mas se o Senhor quisesse apenas o Nirvana, nada existiria senão o Nirvana! É óbvio que Ele concebe a coexistência de todos os opostos, e isto deve ser o princípio de uma totalidade. Assim, obviamente, se a pessoa se sente destinada a algo, ela pode escolher apenas uma de suas manifestações, ou seja, a ausência de manifestação. Mas isto ainda é uma limitação. E este não é o único meio de encontrá-Lo, longe disso!

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