Externamente, não se pode conceber como é possível estar ao mesmo tempo em liberdade e em servidão, mas existe uma atitude que reconcilia as duas e as torna uma das condições mais felizes da existência material.
A liberdade é uma espécie de necessidade instintiva, uma necessidade para o desenvolvimento integral do ser. Em sua essência ela é uma realização perfeita da consciência mais elevada, é a expressão da Unidade e da união com o Divino, é o próprio sentido da Origem e da realização. Todavia, por ter esta Unidade se manifestado na multiplicidade, algo deve servir de elo entre a Origem e a manifestação, e o elo mais perfeito que se pode conceber é o amor. E qual é o primeiro gesto do amor? Dar-se, servir. Qual é seu movimento espontâneo, imediato, inevitável? Servir. Servir é uma feliz, completa e total auto-doação.
Na verdade, é o amor que conduz à Unidade e é a Unidade que constitui a verdadeira expressão da liberdade. Portanto, aqueles que em nome de seu direito à liberdade reivindicam sua independência, voltam as costas completamente à verdadeira liberdade, pois eles negam o amor.
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