quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

a religião

A religião pertence à mente superior da humanidade. É o esforço da mente superior do homem para aproximar-se, até onde alcança seu poder, de algo que está além dele, algo ao qual a humanidade dá o nome de Deus, Espírito, Verdade, Fé, Conhecimento ou o Infinito, alguma espécie de Absoluto, que a mente humana não pode e, ainda assim, sempre tenta alcançar.

A religião pode ser divina em sua origem primeira; em sua natureza atual ela não é divina, mas humana. Na verdade deveríamos falar antes de religiões do que de religião; pois as religiões criadas pelo homem são muitas...


O primeiro e principal artigo dessas religiões estabelecidas e formais reza sempre: “A minha é a verdade suprema e única, todas as outras são falsas ou inferiores.” Pois sem este dogma fundamental, as religiões estabelecidas fundadas num credo não poderiam ter existido. Se você não acredita e não proclama que somente você possui a verdade única ou suprema, não será capaz de impressionar as pessoas e fazê-las fluirem como um rebanho para você.

Esta atitude é natural para a mente religiosa; porém, é exatamente isto que faz a religião impedir o caminho da vida espiritual. Os artigos e os dogmas de uma religião são coisas criadas pela mente e, se você se apega a eles e se encerra dentro de um código de vida fabricado, você não conhece e não pode conhecer a verdade do Espírito, que se encontra além de todos os códigos e dogmas, vasta, todo-abrangente e livre.

Você pode tentar descobrir que verdade ali se encontra, que aspiração se oculta nela, que inspiração divina sofreu uma transformação e uma deformação imposta pela mente humana e por uma organização humana; e com um suporte mental apropriado você pode fazer com que a religião, mesmo como ela é, lance alguma luz em seu caminho e forneça algum apoio para o seu esforço espiritual.

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