quarta-feira, 9 de março de 2011

prazer e dor

Se você puder enfrentar o sofrimento com coragem, paciência, uma fé inabalável na Graça divina, se puder, em lugar de fugir do sofrimento quando ele vier, entrar nele com esta vontade, esta aspiração de atravessá-lo e encontrar a verdade luminosa, o imutável deleite que se acha no âmago de todas as coisas, a porta da dor geralmente é mais direta, mais imediata que a satisfação ou do contentamento.

Não estou falando de prazer, porque o prazer se opõe constantemente e quase que completamente a este profundo e divino Deleite.

O prazer é um disfarce enganoso e corrompido que nos afasta de nosso objetivo e certamente não deveríamos buscá-lo se desejamos encontrar a verdade. O prazer nos vaporiza; ele nos engana e desencaminha. O sofrimento nos traz de volta a uma verdade mais profunda ao obrigar-nos a nos concentrar para suportá-lo, para enfrentar aquilo que nos oprime. É no sofrimento que a pessoa encontra mais facilmente a verdadeira força outra vez, quando se é forte. É no sofrimento que é mais fácil encontrar a verdadeira fé novamente, a fé em algo que está acima e além de todo sofrimento.

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