quinta-feira, 30 de junho de 2011

o impulso sexual

A humanidade possui o impulso sexual de uma forma inteiramente natural, espontânea e, eu diria, legítima. Este impulso desaparecerá natural e espontaneamente com a animalidade. Muitas outras coisas desaparecerão, como por exemplo, a necessidade de se alimentar e talvez também a necessidade de dormir do modo como dormimos agora. Mas, o impulso mais consciente numa humanidade superior, o qual continuou como uma fonte de... felicidade é uma grande palavra, mas de alegria, de deleite – é certamente a atividade sexual, e isto não terá absolutamente nenhuma razão de ser nas funções da Natureza, quando a necessidade de criar dessa maneira não mais existir. Portanto, a capacidade de entrar em relação com a alegria de viver se elevará de nível ou será orientada diferentemente. Mas, o que os antigos aspirantes espirituais buscavam a princípio – a negação sexual – é uma coisa absurda, porque isto deve ser assim apenas para aqueles que foram além desse estágio e não têm mais em si a animalidade. E isto deve extinguir-se naturalmente, sem esforço e sem luta. Fazer disso um centro de luta e de conflito é ridículo. Só quando a consciência deixa de ser humana, é que isto se extingue muito naturalmente. Aqui também há uma transição que pode ser algo difícil, porque os seres de transição estão sempre em um equilíbrio instável; mas existe dentro deles uma espécie de flama e uma necessidade que faz com que isto não seja doloroso – não é um esforço doloroso, é algo que pode ser feito com um sorriso. Porém, tentar impor isto àqueles que não estão preparados para esta transição é absurdo.

Trata-se de bom senso. Eles são humanos, não devem achar que não são.

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