domingo, 19 de junho de 2011

uma dádiva perfeita

Aquilo que você é, dê isto; aquilo que você possui, dê isto, e sua dádiva será perfeita; do ponto de vista espiritual ela será perfeita. Isto não depende da quantidade de bens que possui ou do número de capacidades em sua natureza; depende da perfeição de sua oferenda, ou seja, da totalidade de sua doação. Lembro-me de ter lido, num livro de lendas indianas, uma estória como esta. Havia uma mulher muito pobre, muito velha, que não tinha nada, que era inteiramente carente e vivia numa pequena e miserável cabana; Ela havia ganhado uma fruta, uma manga. Tendo comido metade dela, guardara a outra metade para o dia seguinte, porque era algo maravilhoso, que raro lhe acontecia – uma manga. E então, quando a noite caiu, alguém bateu em sua frágil porta e pediu-lhe hospitalidade. Esse homem entrou, disse-lhe que queria abrigo e estava faminto. E assim, disse-lhe ela: “Bem, não tenho nenhum fogo para aquecê-lo, nenhum cobertor para cobri-lo, mas tenho metade de uma manga que sobrou, e é tudo que tenho, se você quiser; eu comi a outra metade.” Acontece que aquele homem era Shiva, e ela se viu preenchida pela glória interior, pois havia feito uma doação perfeita de si mesma e de tudo o que possuía.

Pois não é pela quantidade ou qualidade que a doação é medida; é pela sinceridade da oferenda e a inteireza do dom.

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